domingo, 15 de novembro de 2015

OLÁ SIDNEY REZENDE. AGORA QUE VOCÊ LEVOU UM PÉ NA BUNDA DA GLOBO,

SEJA BEM VINDO AO BRASIL QUE VOCÊ AJUDOU FAZER!!!
Um Brasil de mídia, judiciário e oposição política mentirosos, caluniadores, falseadores de notícias, criadores de boatos, destruidores de reputações. -Eu sei que é um exagero colocar todos no mesmo saco, porém, hoje em dia, as exceções que existem, apenas confirmam a regra. E é um exagero ao qual eu me permito. Por que só "elles"-? 
Agora Sidney, num rompante de sinceridade, você parece que acordou...
Que pena, cara!!!
Tarde demais.
Hoje o Brasil -e por que não "BRAZIL"- que você e seus colegas funcionários dedicados de empresas jornalísticas familiares, comprometidas apenas com a sua satisfação, seja financeira, seja de poder, seja apenas por ódio e preconceito, ajudaram a criar, está quase pronto.
O ódio e a intolerância preconceituosa, quase fundamentalista -que você alimentou com essa imprensa partidarizada- vigoram.
A economia está letárgica, esperando apenas que a "direitona" -que você ajudou a insuflar- dê o sinal verde significativo de que agora todos podem voltar a investir, gastar.
Basta tirar a Dilma, né?
Você sabe que a "opinião pública" -de fato "publicada"- pode ser facilmente conduzida a pensar como vocês, dessa imprensa que vem trabalhando para a volta ao poder dos poderosos, desde a assunção do metalúrgico. 
Esse "povo" não vive sem o "puderrrr"!!! 
O seu ato de "denunciar" essa imprensa da qual você gostosamente fez parte até agora, veio tarde demais...
Ou você pensa que vai ter mídia para tentar reverter, por pouco que seja, essa situação do "BRAZIL" que você ajudou a construir?
A partir de agora, você será, no entender dos seus ex-colegas e dos seus ex-patrões, um cara que está cuspindo no prato que comeu.
Você, em tudo que escrever, que venha de encontro ao que "elles" querem, será apenas um cara que sustenta e se sustenta de "verbas do governo corrupto do PT".
Você vem se somar a muitos que, diferentemente de você, ou até mesmo, como você, não mais se submeteram às vontades ditatoriais e interesseiras dos "barões da mídia".
Muitos tiveram a ombridade de "pedir prá sair"! Você, parece que foi saído... 
Você, quando a criação da sua mídia tomou corpo e passou, primeiro de uma crise artificial, depois, uma crise de expectativa, para finalmente estar se transformando em uma crise de fato, não terá de mim nenhum sentimento de pena.
Você vem se juntar a milhares de brasileiros, muitos absolutamente sem culpa, porém, muitos culpados como você, por produzir ou difundir tudo isso que vocês dessa imprensa caluniadora, parcial, mentirosa e covarde produziram e difundiram.
Você poderá formar fila com gente muito competente, muitos sobrevivendo apenas da ajuda de leitores, sobrevivendo apenas do seu trabalho de honra e coragem.
Coragem para mostrar o Brasil de fato, com boas e más notícias, o que parece que você agora tentará fazer.
Ou não!!!
Quem viver, verá.
Por mais incrível que possa parecer, desejo a você -e sei que você não precisa dos meus desejos- muita sorte doravante, para manter essa que eu espero seja uma nova postura jornalística.
Se assim for, serão poucos os seus novos colegas, porém de muita competência, honestidade e lealdade à verdade, ao povo e, principalmente ao BRASIL que todos queremos cada vez melhor, como vinha sendo até agora.
Falta-lhes o que sobrou para você até agora: mídia!!! 
Um sincero abraço.
http://www.sidneyrezende.com/blog/sidneyrezende
12/11/2015 09h54

Chega de notícias ruins
Sidney Rezende

Em todos os lugares que compareço para realizar minhas palestras, eu sou questionado: "Por que vocês da imprensa só dão 'notícia ruim'?"
O questionamento por si só, tantas vezes repetido, e em lugares tão diferentes no território nacional, já deveria ser motivo de profunda reflexão por nossa categoria. Não serve a resposta padrão de que "é o que temos para hoje". Não é verdade. Há cinismo no jornalismo, também. Embora achemos que isto só exista na profissão dos outros.
Os médicos se acham deuses. Nós temos certeza!
Há uma má vontade dos colegas que se especializaram em política e economia. A obsessão em ver no Governo o demônio, a materialização do mal, ou o porto da incompetência, está sufocando a sociedade e engessando o setor produtivo.
O "ministro" Delfim Netto, um dos mais bem humorados frasistas do Brasil, disse há poucas semanas que todos estamos tão focados em sermos "líquidos" que acabaremos "morrendo afogados". Ele está certo.
Outro dia, Delfim estava com o braço na tipoia e eu perguntei: "o que houve?". Ele respondeu: "está cada vez mais difícil defender o governo".
Uma trupe de jornalistas parece tão certa de que o impedimento da presidente Dilma Rousseff é o único caminho possível para a redenção nacional que se esquece do nosso dever principal, que é noticiar o fato, perseguir a verdade, ser fiel ao ocorrido e refletir sobre o real e não sobre o que pode vir a ser o nosso desejo interior. Essa turma tem suas neuroses loucas e querem nos enlouquecer também.
O Governo acumula trapalhadas e elas precisam ser noticiadas na dimensão precisa. Da mesma forma que os acertos também devem ser publicados. E não são. Eles são escondidos. Para nós, jornalistas, não nos cabe juízo de valor do que seria o certo no cumprimento do dever.
Se pesquisarmos a quantidade de boçalidades escritas por jornalistas e "soluções" que quando adotadas deram errado daria para construir um monumento maior do que as pirâmides do Egito. Nós erramos. E não é pouco. Erramos muito.
Reconheço a importância dos comentaristas. Tudo bem que escrevam e digam o que pensam. Mas nem por isso devem cultivar a "má vontade" e o "ódio" como princípio do seu trabalho. Tem um grupo grande que, para ser aceito, simplesmente se inscreve na "igrejinha", ganha carteirinha da banda de música e passa a rezar na mesma cartilha. Todos iguaizinhos.
Certa vez, um homem público disse sobre a imprensa: "será que não tem uma noticiazinha de nada que seja boa? Será que ninguém neste país fez nada de bom hoje?". Se depender da imprensa brasileira, está muito difícil achar algo positivo. A má vontade reina na pátria.
É hora de mudar. O povo já percebeu que esta "nossa vibe" é só nossa e das forças que ganham dinheiro e querem mais poder no Brasil. Não temos compromisso com o governo anterior, com este e nem com o próximo. Temos responsabilidade diante da nação.
Nós devemos defender princípios permanentes e não transitórios.
Para não perder viagem: por que a gente não dá também notícias boas?