domingo, 15 de dezembro de 2013

IMPRESSIONANTE É VER COMO PESSOAS ATÉ "INTELIGENTES" SE DEIXAM LEVAR POR ESSA CORJA, "ELITE/MÍDIA"!!!

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-caso-do-iptu-de-sp-mostra-como-e-duro-fazer-coisas-pelos-pobres-no-brasil/
Primeiro, um comentário, não só a respeito do artigo, mas, também, pelo tudo que vem afetando a nossa "classe média pensante" cuja cabeça é feita pelas mentiras dessa "mídia interessada" em voltar plenamente ao poder:
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"E vou te falar, as pessoas que mais têm, são as que mais reclamam de tudo: do bolsa familia, do mais medicos, das cotas, de tudo! Tá insuportável conversar, é o egoísmo em seu estado mais puro. Nunca pensei que as pessoas pudessem ser tão medíocres e mesquinhas. No meu círculo, aqueles e-mails indignados do tipo "classe media sofre" vem sempre de gente que tá com o boi na sombra, viajando três vezes ao ano pro exterior. Dá uma tristeza. Mas ao mesmo tempo sei de muita gente boa que se cala pra não discutir, e tá votando com o povão. Esse é meu alento. E os reclamões vão passando vergonha com as próprias palavras."

O caso do IPTU de SP mostra como é duro fazer coisas pelos pobres no Brasil



Postado em 12 Dec 2013
Não é fácil
Não é fácil
É difícil fazer coisas para os pobres no Brasil.
O 1% não gosta. Não deixa.
Getúlio criou as leis trabalhistas. Impediu a exploração de menores pelas empresas. Estabeleceu férias. Tornou secreto o voto, o que acabou com a farra dos patrões que acompanhavam seus funcionários na cabine eleitoral para checar se eles escolhiam quem era para eles escolherem. Fora isso, GV estendeu o voto às mulheres.
Getúlio terminou morto.
Jango, como ministro do Trabalho de GV, no começo dos anos 1950, acabou com a prática segundo a qual greve era coisa de polícia. Obrigou as empresas a negociar com os sindicatos em caso de confronto.
Mais tarde, como presidente, criou o 13.o salário, tratado pelo Globo numa manchete antológica como um grave risco ao país.
Jango terminou deposto.
As coisas não mudaram tanto assim.
Veja, por exemplo, o “IPTU dos Pobres”, que Haddad vem tentando com imensas dificuldades emplacar em São Paulo.
Os moradores dos 25 bairros mais pobres de São Paulo pagariam menos IPTU. No Parque do Carmo, por exemplo, o imposto se reduziria em 12%.
Os moradores dos bairros mais “nobres” pagariam mais pela excelente razão de que podem mais.
Mas quem tem voz não são as pessoas da periferia. São os privilegiados.

E então começou uma monstruosa resistência contra o IPTU dos Pobres. A Justiça de SP, absolutamente alinhada aos privilegiados, acabou vetando o projeto.
Agora a prefeitura deve recorrer ao STF.
Mas um momento: como você espera que vai votar Gilmar Mendes, classificado pela jornalista Eliane Cantanhede, num perfil bajulador escrito tempos atrás para uma revista da Folha, como “muito tucano”?
Ou Joaquim Barbosa? Ou Fux?
Com quem eles estão? Com os desvalidos? Bem, pausa para gargalhadas.
O ponto positivo, aí, é a insistência de Haddad. Você não faz nada pelos desvalidos sem lutar, lutar e ainda lutar contra grupos extraordinariamente acostumados a mamatas do Estado.
Por coisas assim, considero o Mais Médicos a coisa mais importante deste ano. Como sempre, houve uma reação formidável contra o projeto.
Médicos que jamais iriam pensar em trabalhar em cidadezinhas remotas se ergueram contra o programa.
A mídia corporativa fez seu habitual papel abjeto de defensora dos privilégios, e não do interesse público. Lideranças médicas infestaram as páginas de jornais e revistas para tentar matar o Mais Médicos.
Mas o governo – ao contrário de outras ocasiões, em que hesitou diante da resistência conservadora – foi adiante.
Os médicos cubanos hoje são amados pelos desvalidos brasileiros. Não apenas eles têm alguém que os atenda mas também se sentem queridos pelos médicos cubanos, um sentimento jamais despertado pelos doutores brasileiros, subtraídas as exceções de sempre.
Não.
Não é fácil ajudar os pobres no Brasil.
Torço, daqui de meu canto, para que o IPTU dos Pobres afinal triunfe, ainda que todas as probabilidades apontem para a direção oposta.

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