quinta-feira, 20 de junho de 2013

Manifestantes derrubam aumento da tarifa do transporte público em São Paulo e no Rio.

Leonardo Sakamoto

O título acima não está errado, não. O prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin anunciaram a revogação do preço das passagens de ônibus, metrô e trem em São Paulo na noite desta quarta (19) – o valor volta a R$ 3,00 na próxima segunda. O prefeito Eduardo Paes também comunicou a revogação do aumento da tarifa de ônibus na capital carioca.


Fizeram isso por que acreditam que essa é a melhor política a ser adotada? Não, eles criticaram a medida várias vezes nas últimas semanas. Foi por conta da pressão de centenas de milhares de pessoas que tomaram as ruas de ambas as capitais. Pessoas que, muitas vezes, protestaram sob chuva de gás lacrimogênio, balas de borracha, gás de pimenta, cacetetes, detenções ilegais. E também por conta dos debates que tomaram as redes sociais, além de escolas, bares, casas, campos de futebol.
“A revogação feita pelo poder público, hoje, evidencia que a população quando se mobiliza tem força. E também traz o debate sobre transporte ao lugar que ele tem que estar, que é a esfera política. O debate não é uma questão técnica, mas sim política. A discussão sobre tarifa de ônibus é uma discussão sobre a cidade”, afirmou Lucas Oliveira, integrante do Movimento Passe Livre. E adianta: “A disputa política continua. Não começou em Salvador, em 2003, ou em Florianópolis, em 2004, e não vai terminar agora”. O movimento também defende a tarifa zero para o transporte público nas cidades.
Da minha parte, gostaria de dar parabéns ao Movimento Passe Livre, que fomentou esse processo, sendo uma referência para os jovens manifestantes desde o começo. E parabéns a quem acreditou e se mobilizou.
Isso serve para que a geração que está no poder nunca mais se esqueça da força do povo quando ele se conscientiza, se organiza. E vai às ruas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário